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Notícias

‘Octavinho age como xerife e oferece o benefício da delação premiada’

publicada em 26/03/2010

Autor de projetos, o bi-secretário os aprovava e era responsável pelas suas próprias obras privadas’

Segundo o secretário Chefe do
Gabinete de Planejamento,
Orçamento e Gestão, Ruy Borba, a ‘última’ do arquiteto Octávio Raja Gabaglia, que - segundo Borba - insiste em ver-se como ‘xerife’, e proceder como se realmente fosse, é de ter procurado um servidor público, engenheiro, da Secretária de Obras, Saneamento e Habitação, para lhe oferecer o benefício da delação premiada, afirmando falar em nome do promotor de Justiça, Murilo Bustamante, com quem já teria conversado.
- Eu, quando me contaram, e dou fé à fonte, não acreditei. Como o promotor Murilo Bustamante poderia misturar uma relação pessoal com sua atividade, exercida com tanta exação? Credito essa proposta insana mais a uma dilatação do ego octaviano, que demonstra também absoluta ignorância sobre o instituto da delação premiada, já que a mesma depende também do Juiz. Não é procedimento que se inicia e termina no MP. Gestos desses acabam comprometendo o promotor. Se pudesse aconselhá-lo, diria para tomar cuidado com algumas companhias - disse Ruy Borba na tarde de quinta-feira, que continuou: - O arquiteto Octávio Raja Gabaglia, a quem denunciei, na época em que era editor do Jornal Primeira Hora, e que, por isso fui reclamado por ele na Justiça com base na Lei de Imprensa - hoje revogada- procura ir à forra, e quer encontrar pêlo em casca de ovo, ou alguma coisa que me comprometa. Até fiquei sabendo que comissionou o vereador Felipe Lopes para que este fizesse uma pesquisa sobre licenças por mim assinadas, para ver se de existe algum pêlo no ovo, no seu único ovo. Essas informações são públicas. Basta um requerimento, para se obtê-las. Esse senhor pela idade que tem deve estar passando pela instabilidade da andropausa - disse Borba, acrescentando que a expressão usada ‘comissionar’ é no sentido de encarregar, explicando: - O Felipe é professor e sabe sobre as nuances das palavras. Comissionar não é pagar comissões: é encarregar, nomear, dar uma missão.
Para o atual secretário de Planejamento de Búzios, Ruy Borba, ‘o ex-secretário Octávio Raja Gabaglia empenha seus esforços e tempo na busca de algo irregular em sua gestão, para ver se consegue equiparar algo às irregularidades – segundo afirma Borba – que teriam sido praticadas ao longo de sua gestão como secretário do Planejamento e Meio Ambiente do governo Toninho Branco.
- Com relação à sua bina-gestão, na verdade há muito mais do que foi veiculado no Jornal àquela época. E tudo agora mais documentado. Desde ‘habite-se’, concedidos para obras que não existem, como é o caso da sua ‘bem’ vendida Pousada Barracuda, quase um caso de comprar gato por lebre, até projetos que não obedeciam aos padrões legais - afirmou Ruy Borba, atual secretário-chefe do Gabinete de Planejamento, Orçamento e Gestão em Búzios, continuando: -. Os ‘cases’ são inúmeros. Sem contar os previstos pelo Decreto 511, que, infelizmente, não ganhou curso no MP, e só serviu para fazer uma cortina de fumaça fazendo de conta se estivesse reparando irregularidades, mas que de fato serviu apenas para derrubar o então secretário Marcelo Haddad do Meio Ambeiente, quando se constatou que o próprio Octávio assinara projetos e o aprovara, com secretário das duas pastas, em Área de Presevação Permanente.

‘Deixou um rastro de irregularidades
da sua gestão’ e oferece delação
premiada para denunciar agentes
públicos do atual governo’

- Esse senhor, que vê aos poucos a sua insígnia de xerife ser corroída, não se conforma com isso. O poder lhe é indispensável para prosseguir no que sempre fez em Búzios. Aliás, é sempre bom lembrar do que escreveu Tito Rosemberg sobre ele no O Buziano: ‘chegou aqui com uma tanga, a agora exibi-se encima de grande patrimônio’. Agora, vem com mais essa. Ele procurou um funcionário da Prefeitura, a quem ofereceu o ‘benefício da delação premiada!’ - vejam só - para que esse servidor apontasse alguma coisa, que fosse, e que pudesse me incriminar. Já teria, segundo a mesma fonte, conversado com o promotor de Justiça, Murilo Bustamante. Não acredito que o Murilo tenha encorajado, ou participado desse blefe - revelou o secretário de Planejamento, completando: - Octávio é outro que não se conforma de ter sido apeado do Poder Institucional, porque o seu poder de fato daquele depende. A planície não lhe alimenta o ego, sobretudo em pleno climatério – disse Borba.
Segundo o secretário, dia desses o ex-secretário andou ameaçando a Coordenadora da Unidade de Estudos e Projetos, Virgínia Hatsumi, a quem está subordinada a área de licenciamento, cujo registro policial já foi feito por ela.
- Segundo soube, Otávio apertou e sacudiu a Virgínia pelo braço, e esbravejou contra ela. Na minha avaliação esse senhor – que há muito tempo já devia ter sossegado e desistido dos holofotes – parece querer compensar alguma deficiência hormonal. Levanta a sua pequenez diante de mulheres, mas agacha-se para homens, por ser covarde – afirmou gravemente Ruy Borba.
Lembra, ainda, o secretário de uma ação popular, impetrada na sua época que exercia a sua ‘trina-regência’, como bi-secretário de Planejamento e Meio Ambiente, autor de projetos e responsável por suas obras privadas, onde ficava muito evidente a promiscuidade entre os interesses dele, como profissional da área, e os interesses coletivos, que deveria defender como agente político.
- Hoje, diante do material por mim encontrado aqui na Prefeitura, posso dizer que as matérias do jornal ficaram muito aquém da realidade. Eram suaves, diante da verdade dos fatos, todos documentados. Há um que chega a ser bizarro. Num processo administrativo com projeto da sua lavra, cujas plantas estão na página ao lado da direita, na anterior também ao lado esquerdo, ele, como secretário, despacha que a Fiscalização do Urbanismo fora omissa, e que deixara a obra prosseguir, apesar de flagrantemente irregular. Segundo o secretário, que, no meu entendimento, prevaricou, ele próprio deveria ter acionada a Fiscalização, que estava sob seu comando. Mas acontece que o projeto era seu. Como a Fiscalização foi impedida de agir, por alguma razão, a obra foi concluída. Era quase um absoluto, dono da bola - concluiu Ruy Borba.

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