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Notícias

Secretaria de Ordem Pública passa em ‘prova’ de feriadão no final de ano

publicada em 30/12/2010

Bruno Almeida

Os cerca de 250 mil turistas e todos os hotéis e pousadas com cem por cento de ocupação, não impediram que a Secretaria de Ordem Púbica realizasse seu trabalho de maneira bem satisfatória, durante a passagem de ano. Em uma missão a qual classificou de árdua, o secretário Rodolpho Lyrio, com sua equipe (acrescida de 60 guardas municipais recentemente contratados por no mínimo um ano), contribuiu para que o final de 2010 e começo de 2011, em Búzios, fossem um sucesso. Claro, na medida do possível.
De acordo com Lyrio o bairro de Geribá e a Avenida José Bento Ribeiro Dantas são os pontos mais críticos da Cidade nesse período de fim de ano. Na primeira semana do novo ano, a Avenida ainda apresenta diversos pontos de engarrafamentos.
- A cidade cheia sempre traz alguns prejuízos tanto para moradores quanto para turistas. Exemplo disso são os congestionamentos de trânsito. Fizemos o possível para que esse problema, um dos piores de Búzios, fosse reduzido ao mínimo, colocando todo o plaqueamento nas ruas. Mas, tecnicamente, não tem como fazermos algo muito diferente do que foi feito. A engenharia de trânsito aqui não é muito favorável. Não existe uma estrutura para receber tanta gente – aponta o secretário.
Sem um setor de estatísticas na Secretaria, a comparação através dos números, entre as festas de virada 2010/2011 e as dos anos anteriores, ainda se dá de forma lenta. Mas, a experiência do secretário percebe que não houve nada que pudesse ser considerado pior do que houve no ano passado.
- Nós, que cuidamos do trânsito, da defesa civil, transporte, guarda municipal, também temos que fazer o trabalho de estatística. Faz muita falta uma seção exclusiva para esse serviço, mas as planilhas comparativas já vêm sendo providenciadas.
Noventa salvamentos resgates no mar e mais de duzentas peças apreendidas nas areias
A Praia de Geribá, por atrair mais pessoas, costuma ser a mais problemática. Somente lá, no dia 31, houveram 43 resgates a banhistas, e 47 no dia 1°. Já a venda clandestina nas areias, constitui outro grande problema apontado pelo secretário. Segundo Lyrio, apesar de se tratarem de trabalhadores, os vendedores clandestinos agem de má fé, pois tiveram todo o tempo para se legalizar, e não fizeram, se valendo da deficiência do controle da fiscalização.
- Nós temos a fiscalização que atua diuturnamente, mas também teríamos que ter um efetivo dez vezes maior, para atuar ao mesmo tempo em todas as praias. Por conta disso, existem os vendedores clandestinos, que não estão autorizados para prática da economia de praia. Mesmo assim, nesses feriados, tivemos mais de duzentas peças apreendidas, como mesas, cadeiras, isopores com mercadorias que não passaram pela vigilância sanitária, etc.

Passeio Público e
Estacionamento

O Centro da Cidade também sofreu uma fiscalização ‘especial de ano novo’. Restaurantes que utilizam as calçadas fora dos padrões exigidos não foram poupados: alguns tiveram equipamentos apreendidos. Mas, o que deu mais trabalho foram os ‘espertalhões ‘ que tentaram (e em alguns casos conseguiram) cobrar estacionamento em via pública.
- Tivemos dificuldades nos estacionamentos da Cidade; não tem como estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Utilizamos duas forças-tarefas especializadas nesse tipo de trabalho: perseguir os lugares mais procurados pelos flanelinhas, e muitos deles foram retirados definitivamente de suas ações. Resolvemos não prendê-los, para não termos o dissabor de ver as duas forças-tarefas logo no início dos trabalhos, ocupadas na delegacia por um tempo incalculável. Isso representaria a vitória desses guardadores clandestinos, e ocuparia muito às vítimas, que nem sempre querem registrar a queixa – explica Lyrio.
Já segundo o delegado, Mário Lamblet, a Polícia Civil está empenhada na identificação desses contraventores. Ele disse que a prisão em flagrante até poderia ocorrer, caso houvesse na Cidade um Estacionamento Rotativo, legalizado pela prefeitura.
Rodolpho Lyrio destaca as parcerias entre a PM, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e algumas secretarias: - Nunca houve para nós, dificuldade de acionar os meios do Estado; o próprio secretário de segurança sempre deu muito apoio à nossa Cidade, com muitas recomendações. Durante as últimas festas fizemos plantão direto aqui na secretaria, e quando preciso, trocamos rádio com as polícias.
Aliás, o delegado Mário Lamblet informa o número de ocorrências entre os dias 31 e 1º: cerca de 60, dos quais 80% foram de furtos nas praias, interiores de veículos e pousadas. Houve também nesses dias, algumas brigas, mas ainda segundo o delegado, todos os envolvidos foram identificados e encaminhados para juizado especial.
Lyrio ainda revela que ‘ o Cristiano (Marques, secretário) nos visitou com um mês de antecedência do réveillon, para que fizéssemos tudo em comum acordo, para que o turismo não fosse afetado de alguma forma. Também quero ressaltar o apoio das secretarias de Meio-Ambiente e de Planejamento’ disse.

Festas

Houve muita polêmica sobre elas, ainda durante seus preparativos. Afinal, a prefeitura autorizou todas as festas de réveillon ou não?
- Se eu faço uma festa de aniversário do meu filho, por exemplo, eu não tenho que bater na porta da prefeitura para pedir permissão. Nós não temos que autorizar as festas que as pousadas deem para seus hóspedes. Devem ter acontecido mais de cem festas na Cidade, o que não tem nada a ver com poder de polícia da prefeitura. Quem têm que vir aqui pedir permissão, são os organizadores das festas que têm bilheteria, ou seja, passam a ser uma atividade comercial explorada, e pra isso tem que haver um alvará precário (de um dia) para que aquele evento seja realizado. De todos os pedidos que recebemos aqui, indeferimos apenas dois, pois constavam uma sonorização acima do permitido e a falta de estrutura para estacionamento. Essas festas foram a da Marina e a da Hípica. Mas, infelizmente, uma liminar chegou por volta das 22h00; tivemos que retirar nosso pessoal e a festas aconteceram.
É provável que os contratempos com a falta de efetivo, citados por Lyrio, estejam chegando ao fim, e que a Ordem Pública seja ainda mais eficaz no réveillon 11/12. Isso é porque está para acontecer, ainda este ano, o concurso público da prefeitura. O secretário torce para que seja realizado ainda no primeiro semestre.


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