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Prefeitos querem trazer pólo-petroquímico para a Região

publicada em 09/12/2005

Prefeitos integrantes da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo da Bacia de Campos, entre eles o prefeito de Rio das Ostras, Carlos Augusto, se reuniram na última quarta-feira (7) com o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, e o diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa. O encontro aconteceu no Rio, na sede da empresa, e teve como objetivo apresentar à Petrobras as vantagens, para que pólo-petroquímico se instale em Guriri, em Campos.
Entre as vantagens comparativas, os prefeitos citaram que os municípios do norte/noroeste Fluminense estão articulados para assegurar todo o suporte necessário para a instalação do investimento na Região.
Segundo Carlos Augusto, ele já se reuniu com a governadora Rosinha Garotinho, com quem acertou uma parceria, que viabilizasse economicamente a vinda do pólo para Campos.
- Precisamos de mais subsídios da Petrobras, para que possamos informar a governadora sobre as necessidades econômicas do empreendimento – observou ao PH Carlos Augusto, lembrando que, assim como os outros municípios da Região, Rio das Ostras está fazendo a sua parte, para atrair o empreendimento, como investimentos em educação e infra-estrutura, porque haverá ondas de prosperidade que chegarão até Rio das Ostras.
O prefeito alertou ainda para o risco da curva descendente da produção de petróleo na Região, a partir de 2010, o que implicará na redução dos repasses de ‘royalties’ para os Municípios.
- A vinda do pólo-petroquímico para o norte/noroeste fluminense significaria não apenas a solução para este problema, mas também um investimento igualitário no Estado, já que nossa Região tem um dos menores Índices de Desenvolvimento Humano do País - completou Carlos Augusto.
Os prefeitos da OMPETRO também se comprometeram em oferecer mão-de-obra qualificada para o investimento. O prefeito de Macaé, Riverton Mussi, por exemplo, lembrou que a Região tem uma grande oferta universitária e técnica, tal como o Cefet e a Universidade Federal Fluminense.
Segundo o diretor geral do Cefet de Campos, Luiz Augusto Caldas, a instituição prevê qualificar 151 mil pessoas na área de petróleo nos próximos 10 anos. Esse trabalho será feito em parceria com a Universidade de Campos e com o Sistema Senai/Senac/Sesi, o que iria suprir as necessidades de mão de obra da refinaria.

Refinaria não tem destino definido ainda

Durante a reunião, o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, sublinhou que localização da nova refinaria não foi definido, mas que será um decisão técnica e política, e que questões ambientais serão levadas em conta.
Segundo Gabrielli, tanto Campos quanto Itaguaí - município do Sul Fluminense que disputa a instalação do pólo com o Norte Fluminense - possuem vantagens e desvantagens para a instalação do empreendimento. Entre os prós do Norte/Noroeste Fluminense estão as condições ambientais e a possibilidade de expansão da refinaria, o que não é o caso de Itaguaí. Em contrapartida, ele aponta a falta de recursos hídricos e a falta de instalações portuárias em Guriri.
Para resolver tais empecilhos, a Prefeitura de Campos, representada no encontro pelo secretário Extraordinário para a Implantação do Pólo Petroquímico, Luiz Márcio Concebida, se comprometeu de estudar uma forma de oferecer os recursos hídricos necessários, aproveitando fontes de água alternativas da Região. A prefeita de São João da Barra, Carla Machado, também informou ao presidente da Petrobras, que está em contato com uma empresa, que pretende instalar um porto para a exportação de minério de ferro em seu município, o que poderia ser uma solução, para atender a refinaria, e que enviaria uma cópia do projeto do porto ao presidente da Petrobras.
A reunião contou ainda com as presenças dos prefeitos Rubem Vicente (Carapebus), Paulo Dames (Casimiro de Abreu), Cláudio Linhares (Conceição de Macabu), Renato Jacinto (Cardoso Moreira), além dos deputados Paulo Feijó (PSDB) e Jorge Bittar (PT), que se comprometeu em agendar um encontro entre os prefeitos da OMPETRO e o presidente Lula.
A previsão é que a obra do pólo petroquímico tenha início em 2007 e seja finalizada até 2011. A expectativa é que o pólo gere, a princípio, cerca de 15 mil empregos diretos, chegando a 230 mil quando estiver em pleno funcionamento.

Rio das Ostras participa de Fórum da ANP

Carlos Augusto também esteve presente no fórum “Dinâmica das Participações Governamentais Sobre a Produção de Petróleo e Gás Natural no Estado do Rio de Janeiro”. O encontro, que reuniu prefeitos que integram a OMPETRO, foi promovido pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível e pela OMPETRO, em Macaé. - Precisamos trabalhar sempre de forma integrada, para que possamos defender juntos a estabilidade dos recursos dos ‘royalties’, já que isso nos possibilitaria o planejamento dos investimentos em educação, turismo, saúde e outros - comentou o prefeito, que também elogiou a iniciativa da realização do encontro, que teve como foco central a apresentação dos aspectos legais da arrecadação e distribuição de ‘royalties’.

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